O falso ensino é que a igreja histórica sempre ensinou o dízimo.
Até mesmo em Atos 21:20-26, algumas décadas após o Calvário, os primeiros cristãos judeus em Jerusalém continuavam seguindo fielmente a lei da Antiga Aliança e ainda adoravam e ajudavam a manter o templo judaico. Como eles eram judeus obedientes, a lógica nos força a concluir que eles continuavam a entregar os dízimos dos alimentos colhidos ao sistema do Templo.
Conquanto discordando dos seus próprios teólogos, muitos historiadores da igreja escrevem que o dízimo não se tornou uma doutrina aceita na igreja, durante mais de 700 anos após o Calvário. Os antigos pais da igreja, antes de 321 d.C. (quando Constantino tornou o Cristianismo uma religião legal) se opunham ao dízimo, considerando-o uma doutrina puramente judaica. Clemente de Roma (Ano 95), Justino Mártir (150), o Didaquê (150-200) e Tertuliano (150-220) se opunham ao dízimo. Até mesmo Cipriano (200-258) rejeitou a introdução do dízimo incluído na distribuição aos pobres.
De fato, os antigos líderes da igreja praticavam o ascetismo. Isso quer dizer que ser pobre era a melhor maneira de servir a Deus. Eles copiavam sua adoração conforme as sinagogas judaicas, as quais tinham rabinos que se auto-sustentavam, recusando-se a receber dinheiro para ensinar a Palavra de Deus (Ver Schaff - “History of Christian Church”, vol. 2, 63, 128, a98-200, 428-434).
Segundo os melhores historiadores e enciclopédias, 500 anos se passaram até que a igreja, no Concílio de 585, tentasse, sem sucesso algum, forçar os seus membros a dizimar. Mas não foi antes de 777 d.C. que o Imperador Carlos Magno permitiu legalmente que a igreja coletasse dízimos [É claro que a Igreja de Roma, a qual coroou Carlos Magno, foi quem ressuscitou o dízimo, por causa da sua desmedida ganância por riqueza material].
Conclusão
Na Palavra de Deus o vocábulo "dízimo" não aparece sozinho. Ele é sempre “o dízimo do alimento”. O dízimo bíblico era muito estritamente definido e limitado pelo próprio Deus.
Os verdadeiros dízimos bíblicos sempre eram:
- - Apenas em alimentos.
- - Somente de fazendeiros e pecuaristas.
- - Somente dos israelitas.
- - Somente de quem vivia dentro da Terra Santa de Deus, das fronteiras nacionais de Israel.
- - Somente sob os termos da Antiga Aliança.
- - A fartura só poderia provir da mão de Deus.
Por conseguinte:
- - Itens não alimentícios não podiam ser dizimados.
- - Animais limpos caçados e peixes não podiam ser dizimados.
- - Os não israelitas não podiam dizimar.
- - Alimentos que viessem de fora da Terra Santa de Deus não podiam penetrar no Templo.
- - O dízimo legítimo não acontecia quando não houvesse o sacerdócio levítico.
- - O dízimo não podia provir do que fosse fabricado pelas mãos do homem, produzido ou apanhado na pesca.
Convido os líderes de igrejas para uma discussão aberta sobre este assunto. O estudo cuidadoso em oração da Palavra de Deus é essencial ao crescimento da igreja. Que Deus os abençoe neste estudo. (Eu os encorajo a copiar e distribuir este artigo)
Russel Kelly/Mary Schultze, agosto 2006.
www.tithing-russkelly.com
Recebido do CPR, em 26/06/06.
Revisado pelo autor e os tradutores, em março 2007.
Nota: Este ensaio foi traduzido em Dinamarquês por Martin.
Em Espanhol por Haroldo.
Em Português por Mary Schultze.
Também em Polonês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se o comentário não for para crescimento ou aprendizagem, vizando esculachos por parte de pessoas religiosas, interessadas no dinheiros dos crentes... que tem medo de se mostrar e comentam anonimamente, não será publicado e não tera resposta.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.